Quais são os riscos do mercado e como se proteger

Bem amigos, se tem uma coisa que eu gosto de fazer é ouvir as pessoas, e quando elas falam de bolsa de valores (minha cachaça) então, aí é que eu curto mesmo ouvi-los, e me impressiono com a imagem que as pessoas têm dessa nossa importante ferramenta da economia, e o pior de tudo, quase que a confundem com um cassino. E é pra falar dos riscos que existem em todos os tipos de investimentos que resolvi escrever essa semana.

Pra começar vamos definir risco: Risco é a possibilidade de prejuízo financeiro ou volatilidade de retorno associada a um ativo.

Outro conceito importante é o de retorno: Ganhos ou prejuízos dos investidores decorrentes de uma operação durante determinado período de tempo.

O risco se divide em basicamente duas classes:

Risco diversificável ou não sistemático: É o risco inerente a um ativo isoladamente. Se investidor aplica todo o seu dinheiro em ações de uma única empresa de construção civil, por exemplo, e um prédio desta empresa desaba antes da entrega, as pessoas começam a desconfiar da qualidade de seus empreendimentos e deixa de comprá-los, e por conseqüência suas ações terminam perdendo valor de mercado. Como todo o seu investimento era nesta empresa, todo o seu capital está com prometido. Para se proteger desse tipo de risco, basta seguir uma premissa importante dos investimentos: nunca coloque todos os ovos num único cesto. Diversifique sua carteira. Procure comprar ativos de empresas e setores diferentes, de preferência ações de empresas que tenham correlação negativa, ou seja, ações que se relacionam no mercado de maneira que quando uma sobe por um dado comportamento da economia, a outra está em baixa pela mesma razão.

Já o risco sistemático não é diversificável e atinge todos os ativos de uma carteira independente do seu setor. Um exemplo de depreciação de ativos por conta do risco sistemático tivemos no inicio do mês de agosto, quando o rebaixamento da classificação da dívida pública americana derrubou todos os mercados do mundo. Neste caso, a forma de se proteger é a adoção de mecanismos operacionais como stops (venda automática das ações a um preço pré-determinado como sendo o limite aceitável de perda) ou a compra de seguro (opções de venda). Para os que investem pensando no longo prazo, o que é o ideal para a bolsa de valores, o momento de fortes baixas é um ótimo momento para comprar, como vimos em um artigo anterior.

Olhando de forma mais ampla a classificação de risco, encontramos o risco de crédito, que é o risco de simplesmente a instituição onde o seu dinheiro está aplicado quebrar. É fundamental entender que não existem investimentos que estejam absolutamente livres de risco, nem mesmo a velha caderneta de poupança (que eu nem considero mais como investimento), que tem limite de garantia de 60 mil reais por CPF, além de perder para a inflação há quase um ano.

 

O investimento ideal seria o que apresentasse risco baixo e retorno alto, mas isso não existe, o mercado remunera bem quem se arrisca mais. Investimentos de baixo risco nunca enriqueceram ninguém. Quem quer ganhar dinheiro de verdade no mercado tem que ter tolerância ao risco, e conhecer as ferramentas de controle. As oportunidades estão aí, e conhecimento é fundamental. A bolsa não é um game, e sim o lugar onde podemos ser donos de verdade das empresas brasileiras e fortalecer a economia de nosso país. Só estando nela protegeremos o nosso capital e estaremos menos sujeitos ao risco sistemático.

É hora de entrar em AÇÃO!

Rocpáurio Santos é assessor de investimentos listado na CVM

Contato: (71) 8808-4586

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